Eu não preciso te lembrar de que durante sua vida, você frequentou lugares que exigiram um certo protocolo de comportamento. Várias vezes temos que nos conformar em “atuar” em determinados papéis sociais. Sinceramente? Isso é coisa de gente robótica.
Uma vez, há muito tempo atrás, levei uma bronca de uma pessoa porque me dirigi livremente a um diretor de uma empresa em que prestava um determinado serviço. Supostamente, eu não podia ter feito isso, porque na época era um funcionário de “baixo escalão”, e somente a determinados cargos era permitido se dirigir a um diretor. Até porque era também o dono da empresa, e o que falei era na verdade uma reclamação. Foi um fuzuê geral.
Se Você Finge, Eu Também Finjo
Quantas vezes você já não se chateou porque queria se comportar de maneira livre, mas aparentemente todo mundo te reprova e você acaba precisando esconder quem você realmente é dos outros? Eu tenho uma sensação de que isso acontece em larga escala. Tenho a sensação de que o mundo reprime quem queremos ser.
Também tenho a sensação de que muitas vezes nós agimos como aqueles que querem reprimir os outros, tentando determinar o que os outros devem fazer, vestir ou comer. Como podemos ser quem queremos ser se não damos a mesma liberdade ao outro?
Rituais Sociais… Quem Precisa Deles?
Na minha opinião, existem três tipos de pessoas: as resignadas, as relutantes e as libertas. O primeiro tipo é o das pessoas que se deixaram “vencer”, e que se reprimem na tentativa de serem aceitas pelos outros. O segundo tipo é aquele que está conforme, mas sempre buscando uma maneira de se expressar, de sair da sua “casca” e definitivamente, brilhar.
O terceiro grupo é aquele que assume o papel de “anti-herói”. Rompe com barreiras sociais, e ao mesmo tempo que angariam fãs acabam despertando a inimizade de alguns outros. É necessário ter força de espírito, porque raramente estamos dispostos a causar um mal estar em outras pessoas. Mas quando acenamos pro mundo que queremos construir a vida do nosso jeito, é isso que causamos em um certo grupo: rancor.
Quando declaramos que as condições não nos limitarão mais, despertamos polêmica. Polêmica, naturalmente, atrai crítica e inimizade de uma parcela de quem vive ao nosso redor. Se você já passou por isso, sabe do que estou falando.
Resignação Atrai Infelicidade
O primeiro grupo, dos resignados, tendem a não ter uma vida muito feliz, mesmo que pareça sorrir de vez em quando. São pessoas que temem tudo o que fazem, que precisam desesperadamente de alguém dizendo “vai lá, que eu te apóio”. É um fato que somente a minoria delas conseguem este apoio. Portanto, a maioria delas encontra-se desolada em seu canto.
Se você conhece alguém na posição de resignação, preste bem atenção às opiniões destas pessoas. Encontram dificuldade em tudo o que fazem. A vida é complicada demais pra quem é resignado. Oportunidades nunca estão à vista. O negócio é viver “como dá”.
A Relutância É Um Pontinho de Luz
Pra quem é relutante, os rituais sociais escondem algo a mais. São pessoas que estão o tempo todo tentando decifrar o enigma que é o mundo. São curiosos, divertem-se rompendo seus limites, e certamente partilham de muitos dos rituais de massa, mas não necessariamente dependem deles. Está apenas subvertendo o mundo a seu favor, devagarinho.
Se você vive com alguém que é um relutante social, sabe que essa pessoa gosta de viajar com sua imaginação. O mundo não necessariamente será assim pra sempre, e ela está apenas esperando a oportunidade certa para mudar completamente e transformar a si e aos outros. Ela está à procura, todos os dias, de olhos abertos.
A Liberdade É O Fim de Tudo
Pessoas libertas sabem que rituais são uma ilusão coletiva. Elas sabem se adaptar para viverem exatamente o que precisam e o que querem. Não existem limites pra esse tipo de pessoas: existem apenas descobertas sucessivas, e elas de alguma forma parecem ter o talento de criar a vida que querem ter. É uma maravilha viver dessa forma.
Se você está nesse grupo, sabe o que eu estou falando. As dificuldades existem, mas são apenas parte de um caminho que é vitorioso desde o princípio. Basta pisar em qualquer estrada para que ela revele sua riqueza, portanto, qualquer caminho é livre para passar, porque o trabalho tende a ser inteligente, criativo e principalmente, implacável. São pessoas que simplesmente não páram até conseguirem o que querem.
Estas são pessoas com índices de satisfação pessoal imensos, e portanto, muito mais chances de sucesso. Eu acredito que isto seja até mesmo determinístico: se você faz o que ama, a despeito das condições, seu futuro é de pura luz.
Assim Caminha a Humanidade
Se você é como eu, não se conforma cerimonialismos. Reprimir nosso verdadeiro eu é romper com a liberdade que tanto queremos, e que tanto é prometida para nós por todas as instituições do mundo, onde se incluem governos, empresas e religiões, por exemplo.
Como saber se alguém é resignado, relutante ou liberto? Basta meia hora de conversa. Isto serve inclusive pra você mesmo. Eu acredito que o desejo de liberdade seja inerente a qualquer coração humano. Porém, não é porque você deseja ser livre que você resolve ir em busca da sua liberdade. Existe aí uma diferença crucial.
Acredito que estas três qualificações sejam estágios de amadurecimento. Existe um modelo chamado “inteligência prática”, que é exatamente a capacidade que alguém tem de desafiar autoridade e, de maneira criativa e sociável, agir em prol do próprio sucesso.
Se você quer se tornar um liberto, não tem outro jeito: não adianta ter um QI alto. Tem que também ser criativo e, principalmente, sociável. Vida longa e de muito sucesso pra você!
http://espalheoamor.com.br/como-vencer-os-limites-sociais-que-o-mundo-te-impoe/
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