Osho, um dos maiores mestres indianos, disse que o tédio é uma das coisas mais importantes na vida humana. Ele simplesmente mostra que você está se tornando ciente da futilidade da sua vida, da constante roda repetitiva em que vive e que nada lhe acrescenta.
O tédio lhe chama a atenção para o fato de que você estagnou, parou de crescer e de evoluir – o que é algo totalmente contra a lei da vida. A própria palavra vida insinua evolução, crescimento, transformação. Por isso, quando paramos de crescer, morremos aos poucos. E o tédio aparece, para sinalizar que sua vida corre perigo. Em outras palavras, apesar de ser incômodo e desconfortável – ou talvez exatamente por isso −, ele é a primeira indicação de que uma grande compreensão está surgindo, sobre a insignificância da vida que você pode estar vivendo e dos caminhos que escolheu trilhar até aquele momento.
O tédio é o pai da insatisfação. Ambos caminham de mãos dadas. A insatisfação com sua vida atual é o sinal claro de que mudanças são necessárias e que é necessário decidir que tratamento dar a ela.
Tenha sempre em mente que quando a insatisfação se instala em seu dia-a-dia é preciso agir com urgência. Quando ela toma conta de seu dia-a-dia, é possível responder a ela de duas maneiras: uma, a mais comum de todas, é fugir dela, evitá-la, não a desafiar. A outra maneira é encará-la, assumir o desafio de enfrentá-la e a usar como estímulo para superar novos desafios e buscar novas razões de viver.
Quando a insatisfação chega, significa que você está sendo convidado a dar o próximo passo na estrada que o levará à realização plena de seu propósito de vida. É preciso aceitar esse convite e não se opor a adotar novos comportamentos e nem a abandonar velhos hábitos e falsos comodismos. Essa é a hora de encontrar disposição para promover novas guinadas em sua vida. É hora de mudar para devolver a si mesmo o direito de ser feliz.
As mudanças são necessárias para que possamos manter a nossa juventude, o nosso vigor nesta vida. Optar por uma vida dinâmica e bem vivida traz mais brilho ao nosso olhar.
Gilberto Cabeggi
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