quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Para se roubar um coração - Luís Fernando Veríssimo


Para se roubar um coração, é preciso que seja com muita habilidade, tem que ser vagarosamente, disfarçadamente, não se chega com ímpeto, não se alcança o coração de alguém com pressa. 
Tem que se aproximar com meias palavras, suavemente, apoderar-se dele aos poucos, com cuidado. 
Não se pode deixar que percebam que ele será roubado, na verdade, teremos que furtá-lo, docemente. 
Conquistar um coração de verdade dá trabalho, requer paciência, é como se fosse tecer uma colcha de retalhos, aplicar uma renda em um vestido, tratar de um jardim, cuidar de uma criança. 
É necessário que seja com destreza, com vontade, com encanto, carinho e sinceridade. Para se conquistar um coração definitivamente tem que ter garra e esperteza, mas não falo dessa esperteza que todos conhecem, falo da esperteza de sentimentos, daquela que existe guardada na alma em todos os momentos. 
Quando se deseja realmente conquistar um coração, é preciso que antes já tenhamos conseguido conquistar o nosso, é preciso que ele já tenha sido explorado nos mínimos detalhes, que já se tenha conseguido conhecer cada cantinho, entender cada espaço preenchido e aceitar cada espaço vago. 
...e então, quando finalmente esse coração for conquistado, quando tivermos nos apoderado dele, vai existir uma parte de alguém que seguirá conosco. 
Uma metade de alguém que será guiada por nós e o nosso coração passará a bater por conta desse outro coração. 
Eles sofrerão altos e baixos sim, mas com certeza haverá instantes, milhares de instantes de alegria. 
Baterá descompassado muitas vezes e sabe por que? Faltará a metade dele que ainda não está junto de nós. 
Até que um dia, cansado de estar dividido ao meio, esse coração chamará a sua outra parte e alguém por vontade própria, sem que precisemos roubá-la ou furtá-la nos entregará a metade que faltava. 
... e é assim que se rouba um coração, fácil não? 
Pois é, nós só precisaremos roubar uma metade, a outra virá na nossa mão e ficará detectado um roubo então! 
E é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida a fora que dizem que nunca mais conseguiram amar alguém... é simples... é porque elas não possuem mais coração, eles foram roubados, arrancados do seu peito, e somente com um grande amor ela terá um novo coração, afinal de contas, corações são para serem divididos, e com certeza esse grande amor repartirá o dele com você.

Luís Fernando Veríssimo

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Trabalho: mal necessário ou sentido de realização? -


O que você sente quando chega domingo à noite? Uma sensação de “acabou-se o que era doce” ou o sentimento de que uma nova semana começará e terá a chance de vivenciar coisas novas?

Nossa cultura nos ensina desde cedo que trabalhar é uma espécie de castigo. Desde criança ouvimos que temos que estudar para termos a chance de sermos alguém na vida, conseguir um bom emprego e só assim podermos ter as coisas que queremos. Desde bem cedo nos acostumamos com a ideia de que o trabalho é um meio para se conseguir as coisas boas e que realmente valem a pena na vida. Uma espécie de penitencia a ser paga para colher o benefício depois.
Acontece que, quanto mais o tempo passa e as coisas evoluem, mais tempo passamos no trabalho, não só o tempo do dia a dia, mas os anos. Nossa expectativa de vida aumentou e com isso trabalhamos mais anos dos que nossos pais e avós trabalharam. Além disso, o trabalho passou a exigir muito mais de nós. Hoje precisamos buscar constantemente o conhecimento para termos a chance de nos mantermos competitivos no mercado. Temos que desenvolver competências, atingir metas, dar conta de diversas tarefas ao mesmo tempo, ter iniciativa, criatividade, capacidade de inovar e de conciliar diversas atribuições que demandam a nossa atenção etc.
É tanta coisa ao mesmo tempo que às vezes dá curto-circuito! Mas não adiantar fugir, essa é a realidade atual e precisamos nos adequar a ela.
Então, o trabalho passa a ocupar um papel  muito maior em nossas vidas. A maior parte de nosso tempo e durante os longos anos em que somos mais ativos e produtivos estamos comprometidos com o trabalho.  Ver o trabalho como um mal necessário, torna a nossa vida muito sem sentido, muito amarga. Ter a sensação de que o trabalho não passa de um meio de ganhar dinheiro para aí sim, poder fazer as coisas legais e que realmente dão prazer é simplificar e banalizar uma parte tão importante de nossa história.
Se o trabalho tem um papel muito importante e um espaço muito grande em nossas vidas, nada melhor do que torná-lo agradável. Mas como fazer isso?
Antes de qualquer coisa é preciso buscar ver as coisas com positividade.  Tudo na vida tem dois lados, o positivo e o negativo e existem pessoas que se esforçam para ver sempre as coisas pelo lado pior, enquanto que outras, procuram meios de ver o lado positivo de cada coisa. Quem pratica a positividade vive melhor, é mais feliz e menos ansioso. Na pior das hipóteses, uma experiência ruim pode nos ensinar alguma coisa, nos tornar mais experientes.
Depois disso, é possível ampliar nossa visão sobre o trabalho por meio de algumas atitudes:
- Busque algo que te dê prazer – aquela velha história de que trabalho deve ser penoso já era. Tente encontrar algo que realmente te faça feliz e realizado. Corra atrás dos seus sonhos. Se hoje você não está trabalhando naquilo que realmente gostaria, não desanime, planeje e prepare-se para que dentro de um determinado tempo possa fazer o que realmente gosta.
- Busque significado no que você faz – Procure entender o seu trabalho como parte de um sistema maior. O que você faz impacta em outras áreas e no resultado final do serviço/produto para o cliente. Entenda o seu papel. Não seja alienado. Pessoas alienadas são aquelas que fazem o que pedem sem sequer pensar sobre aquilo. Não procuram entender o porquê de determinada coisa ser feita daquela forma. Acredite! Você poderá contribuir muito mais se entender o real significado do seu trabalho.
- Aproveite todas as chances para aprender mais – Em  todos os momentos podemos aprender algo novo. O ambiente de trabalho é um lugar excelente para o aprendizado. Lá encontramos pessoas diferentes de nós, com competências, culturas, pontos de vistas diferentes dos nossos. É uma grande oportunidade para aprender e evoluir através da troca de experiências e conhecimentos. Aproveite a riqueza cultural e as experiências diversificadas que existem no seu ambiente de trabalho e tire proveito disso para o seu próprio desenvolvimento.
- Busque fazer melhor – Ter desafios dá um “plus” no trabalho. Se a empresa em que você trabalha não proporciona um ambiente desafiador, busque melhorar os processos internos em seu setor. Não é porque as coisas sempre foram feitas de uma forma, que devem permanecer assim. A busca pela melhoria além de trazer desafio e exercitar a criatividade, pode trazer diferencial ao seu desempenho e fazer com que você ganhe visibilidade.
Enfim, muito pode ser feito para que o trabalho represente algo positivo em sua vida e, quase tudo dependerá de uma mudança de atitude e ponto de vista de sua parte.
Comece hoje a fazer dessa missão tão importante em sua vida, algo que lhe traga prazer e realização.
“Escolhe um trabalho de que gostes, e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida.” (Confúcio).

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Anjo - Roupa Nova


Se você vê estrelas demais
Lembre que um sonho não volta atrás
Chega perto e diz: "Anjo!"
Se você sente o corpo colar
Solte o seu medo bem devagar
Chega perto e diz: "Anjo!"
Bem mais perto diz: "Anjo!"
Se uma coisa louca sai do seu olhar
Fique em silêncio, deixe o amor entrar
Prá que tanta pressa de chegar?
Se eu sei o jeito e o lugar
Se eu sei o jeito e o lugar
Se você vê estrelas demais
Lembre que o sonho não volta atrás
Chega perto e diz: "Anjo!"
Se você sente o corpo colar
Solte o seu medo bem devagar
Chega perto e diz: "Anjo!"
Bem mais perto e diz: "Anjo!"
Se uma coisa louca sai do seu olhar
Fique em silêncio, deixe o amor entrar
Prá que tanta pressa de chegar?
Se eu sei o jeito e o lugar
Se eu sei o jeito e o lugar
Oh! Oh! Oh! Yeah!
Anjo! Anjo! Anjo!
Oh! Oh! Anjo!

domingo, 1 de julho de 2012

Bento XVI: "A cura do corpo e da alma se dá pela fé"

A cura do corpo e do espírito esteve no centro da alocução do Santo Padre neste domingo, que falou aos fiéis e peregrinos presentes na Praça São, vindos para a oração mariana do Angelus. Bento XVI trouxe a narrativa de Marcos sobre duas curas milagrosas que Jesus realizou para duas mulheres, ressaltando como a fé é a nossa cura.
Os dois episódios narrados pelo evangelista falam da cura da filha de um dos chefes da sinagoga e de uma mulher que sofria de hemorragia.
No primeiro, Jesus recebe a notícia de que a filha de Jairo está morta, leva o homem até onde está o corpo da criança, dizendo-lhe para que não tenha medo, apenas fé. Chegando onde ela estava, Jesus diz: “Menina, eu te digo: levanta-te!” (v.41). Ela levantou e começou a caminhar. O Santo Padre comentou o episódio, destacando o que disse São Jerônimo sobre o mesmo, ou seja, “menina, levanta-te por mim, não por mérito teu, mas pela minha graça”. Aqui se destaca a potência salvífica de Jesus.
Sobre o segundo episódio, o Papa disse:
“Esse episódio coloca novamente em evidência como Jesus tenha vindo para liberar o ser humano na sua totalidade. De fato, o milagre desenvolve-se em duas fases: primeiro se dá a cura física, mas ela está estritamente ligada a uma cura mais profunda, aquela que dá a graça de Deus a quem se abre a Ele com fé”.
E o Papa retoma: “Jesus disse à mulher: ‘filha, a tua fé salvou-te. Vai em paz e sejas curada do teu mal’ (MC 5,34)”. “Essas duas narrativas de cura são, para nós, um convite a superarmos uma visão puramente horizontal e materialista da vida. A Deus nós pedimos tantas curas de problemas, de necessidades concretas, e é justo que seja assim, mas aquilo que devemos pedir com insistência é uma fé sempre maior, para que o Senhor renove a nossa vida, e uma firme confiança no seu amor, na sua providência, que não nos abandona”.
O Santo Padre lembrou então da importância das pessoas que dedicam suas vidas a cuidar da saúde dos que estão doentes, “que os ajudam a levar a sua cruz”, chamando-os de “reservatórios de amor”. São pessoas que, conforme ressaltou Bento XVI, precisam de uma forte formação profissional, mas também, “e principalmente – disse o Papa -, uma formação de coração”. “É preciso conduzi-los ao encontro com Deus que suscite neles o amor e abra a sua alma ao próximo”.
Após a sua alocução, o Papa conduziu a oração mariana do Angelus e saudou a todos os presentes nas suas diversas línguas. Dirigiu uma saudação especialmente aos brasileiros e concedeu a todos a sua Bênção Apostólica.

sábado, 23 de junho de 2012

Um passo antes - Gilberto Cabeggi

Ponderação é a palavra.
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É nela que está o segredo do equilíbrio e de uma vida mais rica e feliz.
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Hoje em dia cada vez mais agimos pela precipitação. É a pressa desenfreada que nos faz ansiosos e com frequência nos reserva o que há de pior na vida.
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Existem duas frases bem conhecidas que nos dizem exatamente isso: “O apressado come cru” e “O segundo rato é o que come o queijo… O primeiro fica preso na ratoeira”.
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Da próxima vez que você for agir, pare, dê um passo atrás e pense nestas verdades:
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Consciência: Antes de escrever, pense.
Aquilo que você escreve atesta o que você pensa e reforça o que você é. Mais ainda, comprova a sua intenção e o que há em seu coração. Portanto, se não for para deixar algo bom no mundo, não escreva.
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Justiça: Antes de julgar, espere pelos fatos.
Lembre-se que os fatos dizem por si o que tem de ser dito. Não seja você aquele que vai julgar o seu irmão. Primeiro porque você não tem esse direito. Depois, nem ao menos tem essa condição.
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Prudência: Antes de gastar, ganhe.
Endividar-se não é a melhor opção. Quando você deve, entrega junto o seu sossego. É um preço alto demais para pagar, qualquer que seja o benefício que receba em troca.
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Respeito: Antes de falar, escute.
Quando conversar com alguém, escute o que ele diz. Quando você fizer uma pergunta, ouça a resposta. Quando der sua opinião, seja consciente. Adote por hábito mais ouvir do que falar. E nunca diga o que não precisa ser dito. Nunca perca a chance de ficar com a boca fechada.
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Ponderação: Antes de acusar, reflita.
Não seja aquele que aponta o dedo para um irmão. Acusação é algo muito sério. Nunca levante um testemunho pelo simples prazer de acusar. Você não sabe o quanto aperta o sapato do outro. E por isso não pode julgar a sua dor.
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Perseverança: Antes de desistir, tente mais uma vez.
Em tudo o que você fizer é permitido errar. Porque é dos erros, mais do que dos acertos, que sai o seu aprendizado, o seu amadurecimento na vida. Não se sinta derrotado jamais. Sempre tente mais uma vez, quando seu coração diz que você está no caminho.
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Pureza: Antes de orar, perdoe.
Você não entra em uma casa encerada com os pés sujos de lama. Da mesma forma, não deve ter seu coração sujo pela mágoa, quando visita a sua fé. Orar a Deus exige que se tenha perdoado a todos aqueles que o magoaram. Senão a sua oração não será sincera e não será verdadeira. Quando você perdoa, sua oração entrega a Ele a pureza de seu coração e de suas intenções.
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Da próxima vez que for agir, em qualquer situação, respire fundo, pare e sinta o momento. Só depois tome, com consciência e clareza, a sua decisão.
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Moral da história:
Ponderação é o segredo. A sua vida só começa a mudar a partir de si mesmo. O que você conquista em sua alma se reflete em tudo mais!
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Pense sobre isso!
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Um abraço e muita Paz!
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Gilberto Cabeggi
Escritor – Assessor Editorial – Ghost Writer

terça-feira, 19 de junho de 2012

Amar e confiar - Gilberto Cabeggi

De todas as necessidades básicas do ser humano, a que supera todas as outras é a de ter alguém para amar.
Mas não basta amar. É preciso também ser amado por aquele alguém que se ama.
Só que muita gente tem uma ideia totalmente errada do que seja amar. Ao contrário de quase tudo o que se pensa, amar não é apenas deixar brotar o sentimento de bem-querer. Esse pode ser apenas o começo do verdadeiro amor. Mas é preciso cuidar desse sentimento depois que ele brota, para ver o verdadeiro amor dar frutos.
Amar e ser amado é um exercício constante de cultivo da semente do amor e de cuidados com essa planta tão delicada, mas que enche de cor e perfume a nossa vida.
O verdadeiro amor precisa, para se fortalecer e se consolidar, de bom relacionamento, de cumplicidade, de carinho e, acima de tudo, de confiança mútua.
O amor enfraquece quando a confiança não se estabelece. O amor definha quando é questionado além do que convém.
O ciúme é tempero e é bom para dar mais sabor à relação. Mas como qualquer tempero, o excesso estraga o sabor do prato principal.
Para o amor crescer saudável, é preciso que se tenha ele como a coisa mais importante e verdadeira em uma relação. E que o restante seja apenas complemento, seja apenas o acompanhamento da refeição principal.
Tudo o que o Amor pede é sinceridade, dedicação e entrega. Uma entrega que só é possível quando se confia no ser amado, acima de todas as coisas terrenas.
Difícil? Talvez…
Impossível?… Nunca!
Tudo se resume a aprendermos a amar e confiar.
Amar e confiar… Não dá para ser diferente disso.
Senão o que chamamos de amor se torna uma verdadeira prisão.
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Pense sobre isso!
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Um abraço e muita Paz!
Gilberto Cabeggi

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Como Uma Onda - Lulu Santos

Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa
Tudo sempre passará
A vida vem em ondas
Como um mar
Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente
Viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo
No mundo
Não adianta fugir
Nem mentir
Pra si mesmo agora
Há tanta vida lá fora
Aqui dentro sempre
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Nada do que foi será
De novo do jeito
Que já foi um dia
Tudo passa
Tudo sempre passará
A vida vem em ondas
Como um mar
Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente
Viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo
No mundo
Não adianta fugir
Nem mentir pra si mesmo agora
Há tanta vida lá fora
Aqui dentro sempre
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar

sexta-feira, 15 de junho de 2012

A beleza da vida - Gilberto Cabeggi

Certa vez uma leitora me pediu que comentasse sobre o significado da seguinte frase: “Que a morte de um ente querido seja luz para a nossa vida!”.
À primeira impressão, pode nos parecer que essa afirmação seja totalmente incoerente. “Como pode a morte de alguém que amamos servir-nos de luz?” – você poderia perguntar.
Vou procurar falar disso sem tocar em nenhuma religião em específico, para não parecer tendencioso.
Vivi muitos ano no Japão e lá as estações do ano são muito bem definidas. Então, aprendi a observar com cuidado o ciclo da vida.
No outono, as folhas das árvores começam a mudar de cor, tornam-se vermelhas, ou alaranjadas, ou marrons, até que caem todas, deixando as árvores apenas nos troncos e galhos.
Então, entra o inverno…
Durante todo o inverno, as árvores ficam desfolhadas, secas, com a aparência nítida de que não têm vida, de que morreram para sempre. Os insetos somem, os pássaros desaparecem, a temperatura esfria, como se o sol não voltasse mais a nos aquecer, o céu fica cinza e só clareia quando a neve cai e cobre todo o solo. A vegetação, já aparentemente sem vida, some então sob a neve. Tudo é muito triste e parece ser o fim.
E depois, chega a primavera…
O céu se abre aos poucos e, com os primeiro raios de sol da primavera, de repente, podemos observar uma borboleta saindo do casulo, alguns insetos voando, aranhas, na maioria filhotes que acabaram de sair dos ovos, armando suas teias, pássaros piando, depois voando, depois cantando, depois montando seus ninhos. E os novos filhotes ganhando os céus e trazendo música para a vida.
Olhando-se mais de perto para aquelas árvores aparentemente sem vida, passamos a observar centenas de pequenos brotos, cheios de força, sendo chamados novamente à vida.
Depois de poucas semanas, toda a exuberância da natureza está restabelecida, toda a beleza nos é devolvida. Toda a vida renasce daquilo que poderíamos jurar que estava morto.
É assim o ciclo da vida…
Mas o que isso tem a ver com a pergunta daquela leitora?
Bem, eu disse que não falaria de religião, mas não disse que não falaria de Deus. Então eu lhe faço apenas uma pergunta: “Se Deus tem todo esse cuidado com o restante da natureza, por que razão não teria esses mesmos cuidados, ou até mesmo ainda mais cuidados, conosco, que somos Seus filhos feitos à Sua semelhança?”
Isso tudo, para mim, diz apenas uma coisa: a vida não termina. Ou ainda, a NOSSA vida também não termina. Ela se renova a cada primavera (ou a cada morte e a cada nascimento).
Não vou entrar no mérito dessa questão para, como eu já disse, não ser tendencioso. Mas não posso negar a grandeza deste mundo de Deus, que pude presenciar por anos a fio observando a natureza.
Então, se pensarmos que somos partes desse imenso universo de Deus e, como tudo, apenas nos renovamos, por que deveríamos temer ou chorar a morte?
Veja bem, não estou dizendo que não tenhamos sentimentos de tristeza com a separação de nossos entes queridos. Apenas quero dizer que, quando um ente querido se vai do nosso convívio, devemos sim curtir a nossa tristeza, pois isso faz parte da nossa natureza e é necessário para lavar a nossa alma e refrescar o nosso coração. Mas podemos também aprender a ver nessa partida a beleza da renovação da vida.
A partida de um ente querido pode nos chamar a atenção para a grandiosidade da vida, da mesma forma como o nascimento de um filho o faz.
Essa consciência da nossa condição temporária neste mundo e da nossa eternidade como filhos de Deus nos vem a partir desses dois acontecimentos: o nascimento e a morte.
Encarar a morte de um ente querido pode abrir, então, nossos olhos para a luz da compreensão da nossa existência: Será mesmo a morte tão definitiva? A natureza nos diz que não!
Podemos nos tornar mais fortes e confiantes nesses momentos de provação, se os aproveitarmos para compreender a grandeza e a beleza da vida que Deus nos deu.
Pense sobre isso!
Um abraço e muita Paz!
Gilberto Cabeggi

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Saia da sua zona de conforto e potencie a sua vida - por Miguel Lucas

A nossa sociedade encoraja-nos para a obtenção do conforto. A grande maioria dos produtos e serviços são pensados, desenhados e publicitados dia após dia para nos sentirmos mais confortáveis, e ainda bem. O conforto que tanto procuramos e lutamos para obter é sem qualquer tipo de dúvida uma mais valia na vida de todos nós. Facilita-nos a vida, reconforta-nos depois de um dia extenuante de trabalho, revitaliza-nos o corpo e a mente, por tudo isto, sem sombra de dúvida que o conforto estará sempre na mira da humanidade. No entanto,  o desafio, a aventura e o incómodo são promotores do desenvolvimento e crescimento.
O desafio, talvez seja aquilo que mais coloca à prova as nossas capacidades e nos faz avançar. Acredito que o desafio e a motivação, ambas entrelaçadas irão permitir a transformação pessoal. Cada desafio que enfrentamos ou a que nos propomos são uma oportunidade para criarmos um “Eu” mais capacitado, habilidoso e realizado.

PROCURE DESAFIOS QUE MEXAM CONSIGO

Cabe a cada um de nós de forma constante e persistente procurar desafios que nos motivem. E cabe a você perceber quando se encontra aborrecido e entediado por se ter enraizado na sua zona de conforto. Para que nos seja mais fácil entender sobre o que aqui quero apresentar, importa distinguir que querermos conforto na nossa vida, não é sinónimo de vivermos sempre na nossa zona de conforto, são coisas distintas. Zona de conforto, também não se trata de um sítio ou espaço a que recorremos quando necessitamos descansar ou restabelecer energias.  Apenas a palavra é comum, o que por este facto pode induzir-nos em erro. São conceitos distintos ainda que se toquem indirectamente. Permanecer na nossa zona de conforto, está relacionado.
Durante a vida, as pessoas, de uma maneira geral, costumam acomodar-se, refugiar-se  na sua “zona de conforto”. Acostumam-se com uma certa rotina, conformam-se a um determinado modo de vida, seja no âmbito familiar, social ou profissional. No entanto, a vida é essencialmente dinâmica. Assim, é preciso adaptar-se continuamente às mudanças que ocorrem, sob pena de estagnação e marginalização.
As mudanças são desconfortáveis, trazem insegurança e ansiedade. Mas são necessárias. É preciso preparar-se continuamente para os novos desafios que se apresentam todos os dias. Tudo é impermanente. A insegurança é a regra. Não podemos contar com a estabilidade nas relações sociais, profissionais ou comerciais. A todo o momento, surgem novidades. É preciso acompanhar o progresso inevitável que ocorre a uma velocidade cada vez maior.

O QUE É A ZONA DE CONFORTO?

É o conceito base de qualquer aprendizagem, evolução ou transformação. A zona de conforto, define-se por tudo aquilo que estamos acostumados a fazer, pensar ou sentir. É o habitual e conhecido para nós próprios. Incluí experiências positivas e negativas, comportamentos construtivos e destrutivos.
Se queremos aprender ou mudar qualquer coisa, necessitamos de sair do conhecido e aventurarmo-nos no desconhecido. Isto comporta um risco: todavia não sabemos o que se passará ou se seremos capazes de controlar a situação. Por isso a tendência natural é refugiarmo-nos naquilo que controlamos, a nossa experiência até à data, que assim se converte, por sua vez, no nosso refúgio e limitação. De facto, quanto mais experiência acumulamos, mais razões teremos para nos mantermos na nossa já “ampla” zona de conforto
Citação: De vez em quando é preciso subir num galho perigoso, porque é lá que estão as frutas – Will Rogers

A DESCONFORTÁVEL ZONA DE CONFORTO

O desenvolvimento pessoal e a auto-confiança estão intimamente relacionados com a  zona de conforto. Isto acontece, porque para avançarmos, desenvolvermo-nos mais rápido e de forma mais eficiente no nosso crescimento pessoal é necessário um boa dose de confiança para sairmos daquilo que nos é conhecido, habitual e automático.
O crescimento pessoal ocorre fora da sua zona de conforto. Quando você estiver na sua zona de conforto, você não está aprendendo, nem crescendo. Fazendo aquilo que sempre fez irá obter aquilo que sempre obteve Para crescer, você deve fazer as coisas que não está fazendo neste momento.  Pense em todas as conquistas que você alcançou na sua vida. Provavelmente a maioria se não todos as vezes o resultado aconteceu quando fez algo novo, ao invés de praticar os seus velhos hábitos.
Desafio: Que novas experiência você se propõe a realizar em prol do seu desenvolvimento?
Grande parte da razão pela qual se aborda o estudo das zonas de conforto é porque este conceito torna-se um preditor confiável de como as pessoas se irão comportar ou reagir às situações, e ainda porque quando as pessoas se movimentam apenas na sua zona de conforto isso passa a ser visto como um elemento de estagnação na vida. Permanecendo a grande maioria do tempo no interior de uma zona de conforto não permitirá a expansão mental ou o desenvolvimento de novas ideias , conduzindo as pessoas para uma  relativa estagnação ao longo da vida.
Por vezes alguns fatores externos podem contribuir para a quebra da zona de conforto. Grandes tragédias ou mudanças na vida podem levar as pessoas à mudança. Acontecimentos como o 11 de setembro de 2001 em solo americano conduziram os  cidadãos dos E.U.A. a quebrarem a crença de que  a América estava de alguma forma segura de ataques de terrorismo, e isso contribuiu para a forma como os americanos passaram a interpretar qualquer evento que se seguiu.

ESCOLHA SAIR DA SUA ZONA DE CONFORTO

Deixar a nossa zona de conforto deliberadamente é uma oportunidade de crescimento pessoal, e preferencialmente não deve ser causado ​​por eventos drásticos. Os estudantes que ingressam  na faculdade por vezes são estimulados a olhar para novas ideias e interpretações, e estas podem levar o aluno a expandir mentalmente as suas zonas habituais e avaliar as coisas de maneiras novas. Na verdade, durante os anos de crescimento e desenvolvimento, as crianças e depois adultos jovens são constantemente solicitados a expandir as suas zonas, para assumir novas ideias, para analisar as coisas de forma mais complexa, e interpretar o mundo de uma forma crescente.
A grande maioria das pessoas acham que a  zona de conforto deve ser expandida apenas na juventude, e uma vez que estes estádios “crescentes” terminem com a entrada na idade adulta, as pessoas aceitam a estagnação como algo natural.  Esta ideia pode levar as pessoas a recusarem-se a mover-se mais ou pensar mais sobre as ideias que são diferentes  das suas ou que estejam fora da sua zona de conforto. E isto, inibe a possibilidade de potenciar a vida.

COMO SAIR DA SUA ZONA DE CONFORTO

Com o tempo, todos nós construímos um conjunto de hábitos de constrição e restrição em torno de nós, são aqueles hábitos que nos aprisionam numa suposta zona de conforto, e esta impede-nos de atingir todo o nosso potencial.  Logo, tais hábitos enraízam-se fora da nossa consciência, mas eles ainda determinam o que pensamos e o que podemos e não podemos fazer e o  que nos recusamos sequer a tentar. Se permitir que estes hábitos governem a sua vida, você vai ficar preso na sua própria teia. Uma teia que o vai paralisando!
Tal como as pequenas criaturas macias (pequenos pólipos de coral) que constroem os recifes de coral, os nosso hábitos começam pouco a pouco e flexíveis, e acabam construindo barreiras de “rocha maciça” em toda a estrutura mental. Dentro dos recifes, a água é tranquila e amigável. Fora desse ambiente pacífico as águas ficam mais revoltas e o ambiente mais perigoso.
Na vida as coisas acontecem um pouco como no exemplo anterior, se você está a desenvolver-se numa determinada área e  atingiu um determinado estado, aquele em que se encontra hoje, se quer continuar a progredir, você deve sair dos seus hábitos e rotinas, deve abandonar o seu recife, alargar o limites da sua zona de conforto e propor-se a explorar novas águas. Não há outra maneira. Assim como pode não haver nada de errado nos seus hábitos comuns. Eles provavelmente funcionaram bem para você no passado. Mas agora é hora de passar por cima deles e ir explorar o resto do mundo, o resto do seu potencial não usado e ainda não descoberto. Alguns dos seus medos podem estar a fazê-lo refém de si mesmo. A nossa mente é prodigiosa a construir cenários, possíveis cenários monstruosos e perigosos que podem nunca vir a acontecer, a não ser na sua cabeça.
Ninguém nasce com um manual de instruções para a vida. Apesar de todos os conselhos úteis de pais, professores e idosos, cada um de nós deve fazer o seu próprio caminho no mundo, fazendo o melhor que pode e muitas vezes fazer algumas coisas erradas. Bagunçar algumas vezes não é pecado. Mas se você ficar com medo e tentar evitar todos os erros, com comportamentos “deixa ver se consigo”, você vai perder muitas oportunidades também.
Por exemplo, muitas pessoas que sofrem de tédio no trabalho estão fazendo isso para si mesmos. Elas estão aborrecidas e frustradas porque é o que as suas escolhas causaram. Elas estão presas em buracos que cavaram para si ao tentar evitar cometer erros e assumir riscos. Pessoas que nunca erram nunca fazem qualquer outra coisa também.
Dica: Só erra quem tenta, e só quem tenta tem a possibilidade de ser bem sucedido.

sexta-feira, 30 de março de 2012

VIVA COM PAIXÃO - Roberto Shinyashiki

Hoje eu quero falar com você sobre paixão.

Viva sempre uma paixão. As pessoas que valem a pena a gente admirar são sempre apaixonadas pelo que fazem, são sempre apaixonadas pela vida.

Estar apaixonado significa ter a coragem de se arriscar, de chorar, de perder, de ousar.

Infelizmente, vejo que existem muitas pessoas que não vivem um grande amor porque elas têm medo de ser rejeitadas, têm medo de escutar um ?não?, têm receio de que as coisas não aconteçam do jeito que elas planejaram.

Eu gostaria de falar para você: a coragem de chorar de saudades, a coragem de chorar no final de um grande amor, é que vai dar para você uma vida digna.

Muita gente vive pra não chorar, vive pra não sofrer. E eu gostaria de falar para você que quando olho pra trás na minha vida, vejo que só tive grandes conquistas porque tive a coragem de ser ridículo, tive a coragem de perder, de voltar para casa e dizer ?não deu certo?.

Ouse. Tenha a coragem de se apaixonar. Tenha a coragem de se dar a chance de ser feliz.

Não deixe que as coisas negativas te impeçam de buscar aquilo que você quer.

Talvez na vida você tenha tido muitas dores de amor, talvez você tenha sido reprovado em um monte de entrevistas de emprego, t5alvez tenha falhado em momentos importantes. Mas não deixe que uma derrota faça você deixar de acreditar na vitória.

A vitória é o prêmio de quem acredita.

Apaixone-se pelo que você quer da vida e se arrisque. Vá em frente.

Te encontro no pódio!



Um grande abraço,

Roberto Shinyashiki
O seu sucesso é o meu sucesso!

domingo, 18 de março de 2012

4 conceitos e 4 dicas para mudar e ser feliz - Miguel Lucas

Não queremos todos ser felizes? Então porque razão na grande maioria das vezes estamos longe deste sentimento? A felicidade é a nossa verdadeira natureza (Adaptação hedônica – adaptação natural a acontecimentos considerados positivos e prazerosos). São os sentimentos que persistem naqueles momentos preciosos, quando os nossos pensamentos negativos, preocupações persistentes, hábitos autossabotadores, e emoções incapacitantes desaparecem. Quando somos verdadeiramente felizes, estamos contentes, entusiasmados, e vivos.
Temos em nós uma tendência natural para procurar o bem-estar e conforto, afastamo-nos do sol quando temos calor, protegemo-nos quando temos frio, alimentamo-nos quando temos fome, a lista é interminável. Procuramos todos um profundo sentimento de bem-estar, satisfação e realização.

Então como podemos conquistar e manter esta “natureza” que caminha conosco diariamente?

Para que isso possa acontecer tem de existir uma revolução interna, uma mudança radical na forma como vemos a realidade. Quando questionamos as nossas certezas acerca do mundo e deixarmos de dar as nossas reações emocionais por garantidas, uma nova e renovada forma de ser acontecerá. Você quer trabalhar para a sua felicidade? Considere o que se segue, e prepare-se para dar alguns passos para construir e sedimentar a sua felicidade.

CONCEITO 1:

Da inconsciência de vida à vida consciente

O nosso corpo é um mundo de sensação, é sedento de sensações e emoções. O objectivo final de qualquer ato ou pensamento é sentir uma emoção, esta por sua vez é traduzida através da palavra num sentimento. Todos queremos sentir algo face a qualquer coisa a todo o tempo e em qualquer circunstância, é assim que o cérebro grava o que nos serve, assim como aquilo que não gostamos e pode ser ameaçador ou prejudicial à vida. Muito do nosso comportamento acontece automaticamente, fora da consciência. Vivemos esses padrões familiares em automático, podendo estes ser benéficos ou não para a nossa qualidade de vida. Estas tendências condicionadas são profundas, e se o nosso desejo mais profundo é ser feliz, o primeiro passo essencial é ganhar consciência deles.
Precisamos perceber o que realmente está acontecendo na nossa experiência, quando é que os padrões são accionados para assim sabermos aquilo com que estamos a lidar – histórias de vida, sensações corporais, emoções e reações dos que nos rodeiam. Podemos então perguntar: “É isto o que eu realmente quero?”
Desenvolver consciência acerca das experiências da nossa vida abre-nos a possibilidade para a mudança. Quando verificamos que um hábito está a começar a sedimentar-se, temos a oportunidade de perceber se o deveremos deixar implementar ou não, caso seja negativo não deveremos deixá-lo perpetuar-se. Em consciência, somos mais flexíveis e mais abertos para responder de forma afirmativa na nossa vida.
Quando começamos a tornarmo-nos mais conscientes, nem sempre podemos gostar do que vemos. Mas o que rapidamente se torna evidente é a oportunidade de viver uma vida que já não é governada por motivos inconscientes e hábitos que parecem estar fora do nosso controlo. Tornamo-nos totalmente vivos relativamente à nossa experiência, tal qual ela está a acontecer. Minimizando as resistências ao máximo, a felicidade tem um espaço acolhedor e fértil para florescer. O acto de nos conhecermos, aceitando conscientemente quem somos, permite-nos mudar aquilo que achamos necessário para caminharmos no sentido de uma felicidade sustentada.
A atitude que temos face ao conceito felicidade pode ser analisado numa questão muito simples. Por vezes as pessoas dizem: “ quando eu tiver ______ vou ser feliz”, “quando eu atingir ______ vou ser feliz”. Se mudarmos a afirmação para uma pergunta, ficará algo do género: “O que é que eu tenho de fazer para ser feliz”. “O que é que eu me proponho a mudar para ser feliz”. A atitude de de nos questionarmos é capacitadora e desperta a acção intencional face ao objectivo, a felicidade.
Dica: Quando ganhar Consciência do que quer fazer e em que grau quer contribuir para ser feliz, estará mais perto da felicidade.

CONCEITO 2:

Olhar para fora, para olhar para dentro

Para a grande parte de nós, a forma de resolver um problema é tentar remediar algo face à situação ou às outras pessoas. Podemos chamar a isto “se pelo menos”. “Se pelo menos a minha esposa não me fizesse tantas perguntas”, se pelo menos não chovesse”, “se pelo menos eu tivesse mais dinheiro”, “se pelo menos eu não tivesse dores”. Tentamos procurar fora de nós a alteração de uma situação que nos causa problema ou mal-estar. Com esta estratégia raramente somos bem sucedidos porque está fora dos limites do nosso controlo.
Nós fazemos aquilo que fazemos, e as situações ocorrem espontâneamente. Uma forma bastante eficaz para afastar, reduzir e eventualmente eliminar as áreas de infelicidade na nossa vida é aquela que menos nos salta à vista – Olharmos para dentro de nós e examinarmos as nossas próprias reações. Peço-lhe que considere isto por alguns instantes. Por exemplo, se o seu parceiro deixa a roupa suja no chão e isso o irrita, iniciando um monólogo carregado de pensamentos maus acerca de dele, mesmo que depois tente falar com ele sobre isso, ignorando as roupas ou apanhando-as, verifica que nada mudou a sua reacção interna.
O fundamental é não tentar mudar algo do qual não tem controlo sobre, por exemplo o comportamento de alguém. Mas poderá examinar as suas próprias reacções para compreender a natureza do gatilho que fez disparar aquele conjunto de pensamentos perguntando:
  • O que é que está exatamente a provocar você,
  • Em que é que o gatilho consiste (pensamentos, emoções, sensações físicas)
  • O que é que você realmente precisa.
Esta pequena investigação individual (a que poderá fazer depois de ler o artigo), executada de forma simples e descontraída, fornecer-lhe-á uma enorme quantidade de compaixão e entendimento para utilizar quando você mais necessitar. À medida que as reações forem sendo repetidamente investigadas, elas tendem a perder a sua força e a desaparecer.
Honestamente, é necessário uma grande dose de coragem para nos propormos a fazer o exercício de olharmos para dentro de nós mesmos, para ver em que medida estamos a fazer coisas que contribuem para a nossa infelicidade. É um passo na direcção da “insanidade” para a sanidade, de também confiar no mundo exterior para sermos felizes, em descobrir que podemos ser felizes aconteça o que acontecer.

CONCEITO 3:

Deixar de viver no futuro ou no passado para estar no presente

Quando você olha honestamente para os pensamentos sobre o passado e o futuro, irá ver que a maioria deles são baseados no medo, e não na felicidade. Nós preocupamo-nos, analisamos, duvidamos de nós próprios, julgamos, e planeamos obsessivamente. Nós pensamos muito acerca daquilo que necessitamos, daquilo que não temos, e como é que outra situação, para além daquela que está a acontecer, poderia ser muito melhor. Estes pensamentos percorrem a nossa mente vezes sem conta sem que nos sirvam para grande coisa. Algumas destas coisas lhe parecem familiares?
Quando a mente se torna calma, nem que seja por breves momentos, somos invadidos por uma aparente sensação de paz. A alegria emerge sem razão para tal. Sentimo-nos felizes e ligados. A experiência de estar no presente (e na nossa presença) está sempre à nossa disposição. É uma sensação de “voltar para casa” para um lugar que na verdade nunca abandonámos. Pode realmente estar mascarado pelos pensamentos activos da mente, mas quando nos abstemos de alimentar os pensamentos distorcidos com a nossa atenção, vemos que a realidade está sempre aqui, completamente fiável, nunca perturbada.
A vida é incrivelmente rica. Existem sons, sensações corporais, emoções, sentimentos, locais, e podemos ter grande intimidade com todas as coisas. É quando nós permitimos que apareçam soluções a partir deste espaço pacífico e magnifico( relação entre o mundo, o corpo/mente), que surge uma grande clareza. Passar do passado e futuro da nossa mente para o presente, é o início de estarmos verdadeiramente vivos.

CONCEITO 4:

Do criticismo e julgamento à apreciação e gratidão

Na minha vida pessoal, já passei por momentos de alguma desilusão e incerteza no caminho a tomar, assim como situações em que me arrependi da forma como atuei, quer comigo próprio, quer com outras pessoas. Quando surgiu a intenção de tornar-me mais ciente da minha experiência interna (altura em que comecei a ler um autor Indiano – Osho), para meu desgosto, eu notei que meus pensamentos eram frequentemente críticos e cheios de julgamento, e não apenas de pessoas ao meu redor, mas de mim também. Quando me comecei a aperceber através da experiência de estar consciente desses pensamentos, eu encontrei negatividade, desconexão e incapacidade.Posteriormente comecei  a trabalhar neles e a verificar até que ponto poderiam estar a ser sabotadores de mim próprio. Depois de perceber quais não me estavam a ajudar, passei a ignorá-los, o pensamento crítico diminui. Com algum esforço, eles foram sendo substituídos por uma abertura natural para as pessoas ao meu redor, assim como uma atenção redobrada sobre as minhas reacções indesejadas. Sendo que inicialmente era capaz de perceber que por vezes estava a ir pelo caminho errado, sem nada conseguir fazer, a não ser apenas tomar consciência disso. Passo a passo fui conseguindo antecipar reações e agir de forma mais ajustada, e benéfica, para mim e para os outros.
Foi aqui que me apercebi que muita coisa poderia fazer.
A técnica é simples: sempre que me apercebia que não tinha agido da forma que deveria, ou que os pensamentos não eram os mais adequados, de forma imaginada, via-me no mesmo cenário e a ter a resposta assertiva. Emparelhado a esta visão, imaginava ainda a outra pessoa a ficar mais satisfeita ou a situação a ter um resultado mais satisfatório. Esta técnica revelou-se muito eficaz, e tem fundamento cientifico. O nosso cérebro não consegue distinguir entre cenários reais e imaginados, assumindo o que está a acontecer e assim reforçando novos circuitos neuronais, permitindo no futuro e em situações idênticas a activação dos comportamentos mais adequados, anteriormente imaginados de forma intencional.
Imagino que não estou sozinho em perceber até que ponto a crítica e o julgamento podem tomar conta da nossa actividade mental. Quando se começa a viver com uma consciência mais alargada, observamos oportunidades ilimitadas para ser-se assertivo connosco e com os outros. Este caminho permite-nos finalmente abandonar os nossos rancores. Mais importante ainda, conseguimos parar a violência que na grande maioria das vezes cometemos contra nós próprios. Sentimo-nos alegres e descontraídos.

Então como deveremos experienciar a felicidade?

É preciso uma revolução interna. Faça um compromisso de ser consciente na sua vida. Olhe para dentro de si para ficar consciente dos padrões que perturbam o seu bem estar e abandoná-los, e assim viver no presente, ser acordado para a vida como ela é na verdade. Deixe de lado o espírito crítico depreciativo. A felicidade é aqui mesmo, agora, neste exato momento.

terça-feira, 13 de março de 2012

O que a sua insatisfação com a vida quer lhe dizer? - Gilberto Cabeggi

Osho, um dos mais respeitados mestres indianos, disse que o tédio é uma das coisas mais importantes na vida humana. O tédio simplesmente mostra que você está se tornando ciente da futilidade da sua vida, da constante roda repetitiva em que vive e que nada lhe acrescenta. Em outras palavras, o tédio o ajuda a perceber a mesmice repetitiva que a sua vida está se tornando.
O tédio lhe chama a atenção para o fato de que você estagnou, parou de crescer e de evoluir – o que é algo totalmente contra a lei da vida. A própria palavra vida insinua evolução, crescimento, transformação. Por isso, quando paramos de crescer, morremos aos poucos. E o tédio aparece, para sinalizar que sua vida corre perigo.
Falando de outra forma, apesar do tédio ser incômodo e desconfortável – ou talvez exatamente por isso −, ele é a primeira indicação de que uma grande compreensão está surgindo em sua mente, sobre a insignificância da vida que você pode estar vivendo e a futilidade dos caminhos que escolheu trilhar até esse momento.
O tédio é o pai da insatisfação. Ambos caminham de mãos dadas. A sua insatisfação é o sinal claro de que mudanças são necessárias e que é necessário dar um novo rumo à sua vida
Observe que sempre que a insatisfação se instala em seu coração é preciso agir com urgência. Quando ela toma conta de seu dia a dia, é possível responder a ela de duas maneiras: uma, a mais comum de todas, é fugir dela, evitá-la, não a desafiar. A outra maneira é encará-la, assumir o desafio de enfrentá-la e a usar como estímulo para superar novos desafios e buscar novas razões de viver.
Quando a insatisfação chega, significa que você está sendo convidado a dar o próximo passo na estrada que o levará à realização plena de seu propósito de vida. É preciso aceitar esse convite e não se opor a adotar novos comportamentos. É preciso abandonar velhos hábitos e falsos comodismos. Essa é a hora de encontrar disposição para promover novas guinadas em sua vida. É hora de mudar para devolver a si mesmo o direito de ser feliz.
As mudanças são necessárias para que possamos manter a juventude da nossa alma e nosso vigor nesta vida. Optar por uma vida dinâmica e bem vivida traz mais brilho ao nosso olhar.
Pense sobre isso!
Um abraço e muita Paz!
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Gilberto Cabeggi

domingo, 11 de março de 2012

Mudando as regras do jogo, para ser feliz - Gilberto Cabeggi

A felicidade existe para você também, embora talvez neste momento você ainda não acredite nela.
Está na hora, porém, de começar a mudar as regras desse jogo. Afinal, trata-se da sua vida e é você quem decide o que fazer dela.
Ponha felicidade em sua vida todos os dias. Esse é um direito seu. Acredite: você nasceu para ser feliz.
É claro, entretanto, que não basta você ter consciência do seu direito a ser feliz. Esse é apenas o começo do processo. É preciso também que você tome posse da felicidade. E, para que você faça isso o mais rápido possível, deixe-me dar-lhe algumas dicas, ou apenas lembrá-lo de algumas coisas que você possivelmente já sabe, mas que precisa usar com mais constância em seu dia a dia.
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Dica número 1: goste do que você tem
As pessoas, normalmente, atrelam sua felicidade a coisas que ainda pretendem conseguir. E ficam adiando desfrutar plenamente sua vida, com alegações do tipo “Quando eu for gerente na empresa vou ser feliz!”, “Quando eu arrumar uma namorada vou ser feliz!”, “Quando eu comprar uma casa de praia, então vou ser feliz!”… E a vida passa, e a felicidade nunca chega.
O agora é o seu momento de glória. Ele contém a sua possibilidade real de ser feliz. Seja feliz agora, valorizando o que já conquistou, gostando e desfrutando de tudo o que você já tem.
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Dica número 2: deixe nas mãos de Deus
Grande parte da infelicidade que as pessoas têm vem do fato de elas quererem controlar tudo em sua vida, com um nível de detalhes impressionante. É aquela preocupação extrema com tudo, em especial com coisas que estão além do seu alcance. Dizemos que essas pessoas gostam de “brincar de ser Deus”, isto é, julgam-se com tanto poder sobre os fatos e as coisas em geral a ponto de se acharem capazes de “adivinhar” os resultados futuros de qualquer situação.
Para realmente ser feliz é imprescindível que você tenha fé verdadeira e deixe que o Criador cuide do seu amanhã e da solução das suas dificuldades. O que é preciso é entregar nas mãos de Deus tudo aquilo que está fora do seu alcance resolver. E, dessa maneira, relaxar e se entregar àquilo que está ao seu alcance fazer, com tranqüilidade e confiança.
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Dica número 3: aprecie as coisas boas da vida
A infelicidade que acompanha muita gente se deve também a uma espécie de cegueira seletiva que elas têm. Quer dizer, essas pessoas, em geral, só têm olhos para as desgraças da vida ­ ou para as dificuldades da vida, que elas normalmente chamam de desgraças. Tudo o que elas vêem, dizem e fazem está associado a resolver problemas ou, pior ainda, a reclamar dos problemas, muitas vezes sem fazer coisa alguma para resolvê-los.
Para realmente ser feliz é imprescindível que você reserve um espaço em sua vida para apreciar as coisas boas que existem ao seu redor. Se você ficar esperando que as dificuldades acabem para começar a viver feliz, sua vida vai passar sem que você a tenha desfrutado.
É preciso que você entenda e aceite que as dificuldades existem e sempre existirão. Elas são a sua vida, são o seu desafio para que você possa crescer. Mas não são impedimentos para a sua felicidade.
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Enfim
As escolhas em sua vida são sempre suas. O importante é que você use isso a seu favor e faça escolhas que lhe tragam bom proveito… Por isso, busque sempre escolher a felicidade.
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Pense sobre isso!
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Um abraço e muita Paz!
Gilberto Cabeggi

sexta-feira, 9 de março de 2012

Você não precisa provar nada a ninguém - por Dalcides Biscalquin



Quem tem conhecimento não precisa ficar constantemente provando isso aos outros. Quem tem dinheiro não se sente na obrigação de tornar isso evidente aos olhos de todos. Da mesma forma, quem faz o bem não se sente impelido a tornar a sua obra conhecida de todos. Até os que são verdadeiramente felizes não precisam passar a vida tentando convencer os outros de sua felicidade. Quando tudo isso é de verdade e é encarado como uma conquista sadia, costuma gerar uma paz serena na alma e um leve sorriso no olhar.
Aquilo que é, se impõe com naturalidade. Do contrário, quando algo apenas parece ser e carece de fundamentação sólida, requer um esforço tão estressante e se mostra tão pouco eficiente que sempre acaba por gerar descontentamento.
Veja, por exemplo, as crianças com as quais você convive. Elas não fazem o mínimo esforço para convencer os adultos de que elas são felizes. Elas simplesmente vivem e trazem os traços da felicidade no rosto. Até a formulação da pergunta: “você é feliz?”, poderia soar de forma estranha aos seus ouvidos infantis. Ela é feliz e não há necessariamente uma reflexão sobre isso. Apenas é, simples assim.
Os que me proporcionaram grandes conhecimentos e me trouxeram sabedoria nem mesmo têm plena consciência disso. Os meus amigos verdadeiramente bem sucedidos financeiramente jamais colocaram isso como instrumento de competição ou de auto-afirmação.
Por outro lado, todo conhecedor de poucas coisas, e que se sente inseguro na sua ignorância, precisa constantemente provar a sua “pseudogenialidade”. Muitos emergentes, que ainda conservam modelos do passado, procuram demonstrar riqueza com opulência e prepotência. Fazem alarde ao adquirir um novo bem material. Tantos infelizes tentam demonstrar felicidade nos seus prazeres momentâneos, nos seus risos tristes e, muitas vezes, ensurdecedores.
Por isso, gosto tanto de ler no livro do Êxodo o modo como Deus se revela a Moisés: “Eu sou Aquele que é”. Se por um lado, ao longo da história, tantos tentaram definir Deus com inúmeros adjetivos, Ele mesmo se autodefine: “Aquele que é”. Nesse ponto está algo verdadeiramente importante: nós, seres humanos, imagem e semelhança de Deus, temos uma essência. Tudo mais que nos cerca é apenas circunstância. Hoje podemos ter e amanhã não termos mais. De qualquer forma, aquilo que somos verdadeiramente ultrapassa qualquer tentativa de definição por proximidade: dinheiro, felicidade, conhecimento. Seremos, na nossa essência, sempre mais do que qualquer coisa que possamos vir a ter.
A partir desse olhar, tudo fica muito mais simples. Toda vez que as coisas ou as circunstâncias quiserem nos iludir, pensaremos: “isso não é a minha essência. É apenas um isso. E basta”.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Jogue Fora Agora Este Erro “Cavalar” Que Envenena Seus Relacionamentos… Mas Que Quase Todo Mundo Comete!

Eu sei…
Você, eu e todo mundo à nossa volta, uma vez ou outra, nos desentendemos com alguém de nosso convívio.
É, você sabe do que eu falo, aqui. Isso é normal. Desentendimentos são frutos da essência da individualidade. Tem que começar por aí, se você quiser que um dia haja entendimento.
Se você ainda não é alguém assim, certamente deve conhecer pessoas que sabem nutrir bons relacionamentos com facilidade. A diferença fundamental que constrói essas pessoas não está no fato de elas nunca se desentenderem com alguém.
Esse tipo de coisa não existe. Mesmo. Qualquer menção do tipo “eu nunca me desentendo com qualquer pessoa” é uma lenda urbana.
Se existe tal pessoa…

Então ela acabou de se desentender comigo.
Pronto. Tudo tem sua primeira vez!

Jogue com sua sorte. Quantos encontros você terá em sua vida com pessoas diferentes? Milhares. Possivelmente, dezenas ou até centenas de milhares.
Como controlar a ocorrência de desentendimentos eventuais?
Na prática: impossível.
O que pode ser perfeitamente controlado é o que acontece APÓS o fato.
Essa é a parte relevante.
É o que acontece depois que as pessoas se desentendem que produz como resultado alguns seres humanos que são especialmente infelizes e mal sucedidos em suas tentativas de, simplesmente, conviverem com outras pessoas.
Mas é isso que também faz outras pessoas serem *brilhantes* na construção de suas vidas com seus pares: seja dentro de casa, com amigos, em empresas e outros círculos sociais diversos, como clubes, vizinhanças, cultos religiosos e até mesmo em filas de supermercados e bancos.
Vai me dizer que você nunca se desentendeu com um caixa de um banco? Ou com um telefonista da sua operadora celular? Ou com alguém no trânsito? Ou com outra pessoa que estava na mesma fila que você?

Existem algumas pessoas bastante habilidosas
em resolver conflitos…

Outras, menos… Muito menos.
M-U-I-T-O menos.
Terrivelmente menos. Assim é a vida.
Essa habilidade não é nada que não se possa aprender, e como você já sabe, estou aqui exatamente pra contribuir e provocar você positivamente, pra que descubra isso em si mesmo(a)… Caso você ainda não tenha conquistado esse “dom”.
Aqui está um exemplo:
Muitas vezes algumas pessoas, ao serem contrariadas por amigos ou parentes, fazem avaliações sobre o caráter das outras pessoas.
“Não tem jeito… Aquela pessoa é má! É da natureza dela, mesmo!”
Ou então, outra capeã de audiência:

“Não acredito que minha tia/mãe/irmã/sobrinha etc
seja tão mau caráter assim!”

É, é… Parece infantil… E ainda assim, quantas vezes nós nos envolvemos todos os anos nesse tipo de ponderação?
Não minta pra mim… Se você nunca passa por isso, então não há necessidade de continuar lendo minhas palavras (nem essas, nem as futuras).
No entanto, culturalmente, nós herdamos essa tendência. Uma tendência impulsiva de ler a qualidade da personalidade de outras pessoas.
Vamos ver onde isso nos leva?
Vamos supor que isso fosse relamente legítimo, e que realmente algumas pessoas sejam “ruins”… E outras, “boas”.
Imagine alguém que realmente saiba reconhecer quando encontra uma pessoa de “má índole”. Imaginemos que ela, por qualquer aparato que o destino reservou a esta pessoa, realmente saiba diferenciar alguém bom de alguém ruim.
Nesse caso, seria também bastante interessante para todos os outros seres humanos aprenderem a reconhecer esse tipo de característica em outras pessoas.
Você não acha? Que bem faria…

…Se todos nós soubéssemos distinguir
alguém bom de alguém ruim na sociedade?

Imagine… Grandes “detetives de caráter”…
Essa pessoa “especialmente dotada” do poder incrível de reconhecer alguém de má índole seria super requisitada por outras pessoas que não têm a mesma capacidade de leitura de seres humanos.
Mágico!
No entanto, não conhecemos ninguém dessa extirpe.
Se você conhece, então eu preciso saber quem é… PRA ONTEM!
Ainda que haja tanta gente dizendo que “com certeza fulano é um mau caráter”, essa pessoa não é particularmente admirada pelas outras por desenvolver essa habilidade ou esse tipo de convicção.
A habilidade de falar sobre a qualidade do caráter de outras pessoas constitui o fenômeno cientificamente conhecido como:

FOFOCA!

(rsrsrsr… Ok, nem sempre… Às vez é um elogio. Nesse caso, desconsidere o que eu falei).
Eu e você sabemos que existem muitas e muitas pessoas que acreditam que “sabem” qualificar o caráter de outras pessoas.
Minha intuição diria que, se esse princípio fosse realmente possível, teríamos um bem enorme na sociedade, com certeza! A civilização seria perfeita se as pessoas “ruins” fossem, simplesmente, colocadas em uma espécie de “cantinho separado” – bem longe das pessoas boas.
E apesar da “hipótese” parecer particularmente útil, ela não se confirma. O resultado de termos tanta gente acreditando que pode qualificar a personalidade ou o caráter de outras pessoas é uma sociedade cheia de amargura, mágoas e decepções.
Pois então… Existiram alguns líderes realmente “brilhantes” que seguiram exatamente esse tipo de raciocínio… Ao pé da letra, inclusive.
Essas pessoas faziam manuais e discursos grandiosos para instruir seus admiradores a distinguirem pessoas “boas” de pessoas “ruins”.

Até onde sei, Hitler foi o mais exímio deles.

“A culpa é dos Judeus! Nós, os Arianos, temos o sangue puro!”
Obviamente, você não gosta do produto da liderança de Hitler.
Se gostar, então me conta o motivo. Eu sou um eterno curioso.
E provavelmente também não gosta da escravatura, do apartheid, do Ku Klux Klan e de tantos outros movimentos segregacionistas.
Pois bem. Segregação não é legal.
Segregação é ilegal. Mesmo.
Ainda assim, existe segregação acontecendo na sociedade. Dentro de escolas, de favelas, de governos e de qualquer grupo social, existem aqueles que acreditam saber perfeitamente reconhecer pessoas “boas” e pessoas “ruins”.
Ou então, diferenciar pessoas “dignas de consideração” daquelas “indignas” de consideração.
Verifique a quantidade de casos de crimes do colarinho branco todos os anos. Corrupções e desvios monumentais de verbas que deveriam ser destinadas na capacitação de seres humanos.
Verifique a quantidade de violência que acontece todos os dias nos lares.
Quando a “qualificação” de uma personalidade começa, é gerado um problema – possivelmente, por tempo indeterminado. As pessoas carregam aquelas “etiquetas” pelo resto de suas vidas…

…E apontam estas “etiquetas”
como espingardas para os seus alvos.

Na verdade, às vezes são espingardas reais.
Na prática, eu já ajudei vários clientes instruindo-os a serem mais cuidadosos ao qualificarem pessoas como boas ou ruins.
Não foram todos. Mas alguns, com certeza.

Por que isso não é bacana?

Seria porque nós precisamos ser “bonzinhos” com todo mundo e porque a vida é “cor-de-rosa”?
Longe disso. Meu nome não é Pollyana.
O motivo por trás dessa estratégia é o seguinte: existem pessoas que não suportam críticas.
Elas têm vergonha do que fazem, ou culpa ou qualquer outro sentimento “super útil” e que ajuda “pra caramba” (pra não dizer o contrário)… E tornam-se violentas ao menor sinal de críticas, porque sentem-se ameaçadas, em uma incrível dor e sofrimento.
A auto-estima dessas pessoas TENDE A ZERO. Mesmo quando elas dizem que se valorizam.
Aliás, não adianta tentar “arrancar à força” essas confissões… Muitas delas não admitiriam esses medos, culpas e vergonhas mais secretas nem por um decreto!
Outras, simplesmente, não sabem que é uma questão de imaturidade. Por isso, nunca admitiriam.
Estas são partes delas próprias que permanecem completamente escondidas do mundo, e muita gente morre sem ter revelado isso a ninguém.
(Eu acho que algumas pessoas vão tremer na base quando lerem essa última frase).
Ao mesmo passo, existem outras pessoas que não sabem dirigir críticas, e ao invés disso, dirigem insultos às pessoas que as desagradam.
Infelizmente, esse segundo grupo se acha “muito bom” pra admitir que perdeu completamente o simples costume da gentileza. :-(
Essas pessoas ainda se sentem no maior “direito” de estarem certas! Ora, veja! Rsrsrsr…
A combinação da presença de insultos onde deveriam haver críticas construtivas dirigidos a pessoas que não estão prontas para receberem nem mesmo as críticas construtivas pode ser catastroficamente explosiva.
Faça-me um favor? Diga pras pessoas do seu convívio que fazem esse tipo de coisa que…

Não se qualifica pessoas como boas ou ruins.

Essa regra se aplica especialmente ao “ruins”…
Nem mesmo psicólogos ou psiquiatras têm esse poder, por mais que a gente veja vários psicólogos e psiquiatras fazendo isso noite e dia.
Existem alguns líderes religiosos que fazem… Mas prefiro me abster de emitir opiniões a respeito dessa prática dentro de templos que deveriam ser sagrados.
Certamente nem todos fazem isso… Apenas os menos habilidosos… E se você for um psicólogo ou psiquiatra que faz esse tipo de coisa, então eu não tenho o menor medo nem o pudor de lhe dizer abertamente que você pode até ser gente boa, mas está na hora de fazer uma reciclagem SIM.
Eu não vou defender minha classe: já vi coaches fazendo isso também. Eu mesmo já fiz, e de vez em quando sou forçado a me relembrar da lição (como agora).
Esse tipo de comportamento é o sinal de um desenvolvimento intelectual ainda infantil, e não de maturidade.
Essa prática insana é uma das maiores responsáveis pelas pessoas que andam se batendo, se chutando, se esfaqueando ou atirando umas nas outras.
Adultos lidam com as diferenças com calma, paciência e ouvidos.
Nota: eu sei que vai ter gente dizendo que eu sou “do mal” depois dessa. Não tem problema. Essa não será a primeira vez nem a última que eu sou qualificado por pessoas que não sabem lidar com desentendimentos.
Abraços fraternos e “fervorosos”, sem perder a ternura,
Rodrigo “o Rebelde” Santiago – Life Coach.

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